Um estrondo. Luzes solares nos atingem. O que será? Outro estrondo, e mais forte do que o primeiro. Morremos?
Onde está a luz do sol? Apagou-se com os estrondos? Não. Ela foi tampada pela poeira cinza. A chuva ácida nos aquecerá mais rápido que a nossa estrela querida.
Mais um estrondo. Outro. O que será isso?
Através de mim uma sombra esquelética e apática. Ela me persegue. Está me amedrontando terrivelmente com esses passos decididos, pesados.
Ficou escuro. A luz do sol foi embora e deixou o nosso planeta azul negro. Não tem problema! Os surdos não escutaram esse barulho todo, mas os mudos não puderam gritar e os cegos não puderam fugir.
Eu enxergo o caminho de fuga, eu escuto os estrondos, porém não consigo gritar, mas quero gritar... A sombra atrás de mim estava cada vez mais próxima. Ela me perseguia, ela me levaria.
Outro estrondo. A luz voltou, eu voltei. E a sombra, onde estava? Que estranho, não? Quando se há luz é que as sombras aparecem, mas estava tudo escuro e eu a vi nitidamente.
Aquela sombra não era uma sombra qualquer e ela continua me perseguindo, porque simplesmente ela é a sombra da morte e nunca desaparecerá enquanto houver vida.
Carla Sheyesllen Ribeiro Alves, 3B (Equipe Village People)
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