Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: Previdência Social: um elefante branco

terça-feira, 8 de julho de 2008

Previdência Social: um elefante branco


Antigamente, os casais tinham entre dez e quinze filhos. Além de que, não existiam métodos contraceptivos tão avançados e acessíveis como hoje, ainda havia muita falta de informação e resistência religiosa contra o uso desses métodos. Embora muitas religiões ainda sejam contra, houve uma transformação radical na consciência da maioria das pessoas no que diz respeito ao planejamento familiar, considerando que os casais atualmente têm no máximo três filhos.

Devido ao avanço científico e tecnológico que vem ocorrendo ao longo das últimas décadas, a mão-de-obra braçal foi radicalmente substituída por máquinas e computadores.

Considerando a redução no número de filhos das famílias e o aumento da longevidade, o país aumentos consideravelmente o número de idosos ao longo dos anos.

Há de se ressaltar que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente e necessitado de mão-de-obra especializada. Muitas empresas vêm contratando aposentados porque não encontram pessoas qualificadas e experientes para desenvolverem certas funções.

Diante do desemprego e da falta de experiência, muitas pessoas optam pela prática do trabalho informal, porém, seja por descuido ou realidade financeira, acabam por não contribuírem com a Previdência Social, que constantemente é fraudada e roubada e cujos fraudadores, principalmente os da elite e apesar de serem identificados, raramente ficam presos e nunca devolvem um centavo.

Atribuído ao fato do aumento da classe idosa, ao desemprego, ao trabalho informal, à contratação de aposentados, ao elevado número de pensionistas, fraudes e outros, a conclusão a que se chega é que a Previdência Social têm beneficiários demais e contribuintes de menos. O reflexo dessa situação tem se manifestado na defasagem das aposentadorias.

Por mais inacreditável que seja, existem pessoas que se auto-mutilam ou simulam doenças incuráveis para receberem auxílio-doença, benefício social e até mesmo se aposentarem, simplesmente para não terem que trabalhar. A mídia tem mostrado cenas de pessoas em cadeiras de rodas ou usando muletas, que após a realização da perícia médica, viram a esquina andando perfeitamente.

A somatória desses fatos cria um retrocesso no sistema da Previdência Social do Brasil, que se não for revisto com urgência, causará a falência do mesmo, prejudicando milhões de contribuintes. O caos será inevitável, por isso, há necessidade de uma reforma previdenciária, mudando os critérios de avaliação de quem irá se aposentar e uma investigação minuciosa em quem já se aposentou, a fim de preservar com justiça os direitos de quem contribuiu a vida inteira com a Previdência Social.

José Maria Leite, EJAI

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