Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: Solução ilusória

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Solução ilusória


Júlia Maria Mendes Oliveira, 3.12

 

Solução ilusória


S
uicídio é o atroz ato de autoextermínio e sempre esteve presente nos diversos momentos da história da humanidade, como no final da década de 20, com a Grande Depressão ocasionada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, que levou muitos milionários à falência. É um problema de saúde mental e, devido à grande ocorrência, tornou-se também um problema de saúde pública, tendo como motivos, baseados em estudos, a grande dificuldade de realização pessoal e o estresse em que se transformou a vida moderna.
Assim como na Crise de 29 – Grande Depressão – os índices de suicídio elevaram-se na Europa durante a segunda metade do século XVIII, influenciados pela ilusão e falsa realidade pregadas pelas obras do Romantismo. De modo lastimável, esses valores continuaram crescendo no mundo, principalmente no Brasil, e é a quarta causa de mortes entre os jovens brasileiros na faixa etária de 15 a 29 anos. Aqueles que optam por isso, muitas vezes são vítimas da imparcialidade e frieza do ser humano, da falta de autoestima, da dificuldade de estar em paz consigo mesmo e lidar com a dureza do modo de vida automático e robótico da sociedade contemporânea, além de distúrbios mentais de natureza genética e hereditária.
Embora a luta contra os altos índices seja constante, esses números permanecem elevados, sem levar em consideração o suicídio indireto, em que a vítima recorre ao uso de entorpecentes para se matar gradualmente. A morte do cantor Chester Bennington, da banda Linkin Park, em 2017, demonstra como a tentativa de viver opressivamente agradando o público e satisfazendo os paradigmas impostos pela mídia destrói intimamente uma pessoa. O suicídio não é somente uma própria escolha, é homicídio coletivo disfarçado quando todos podem contribuir com a dor alheia.
Não obstante, a luta por essa causa deve perseverar com a ajuda intensificada do Centro de Valorização da Vida, popularização de sites como o da série 13 Reasons Why, que juntos poderão estar à disposição de diversos jovens e adultos, tendo em vista a eficiência do diálogo para a resolução de qualquer problema; e a propagação de estudos como os do psiquiatra Augusto Cury, que ensina a lidar com a própria mente e decifrar os códigos da inteligência, por que a vida é mais importante do que um simples “status” ou matéria que se consuma. O fim próprio não pode ser uma escolha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário