Júlia Maria Mendes Oliveira, 3.12
Solução ilusória
uicídio é o atroz ato de autoextermínio e sempre esteve
presente nos diversos momentos da história da humanidade, como no final da
década de 20, com a Grande Depressão ocasionada pela quebra da Bolsa de Valores
de Nova Iorque, que levou muitos milionários à falência. É um problema de saúde
mental e, devido à grande ocorrência, tornou-se também um problema de saúde
pública, tendo como motivos, baseados em estudos, a grande dificuldade de
realização pessoal e o estresse em que se transformou a vida moderna.
Assim como na Crise de 29 – Grande Depressão – os índices
de suicídio elevaram-se na Europa durante a segunda metade do século XVIII,
influenciados pela ilusão e falsa realidade pregadas pelas obras do Romantismo.
De modo lastimável, esses valores continuaram crescendo no mundo,
principalmente no Brasil, e é a quarta causa de mortes entre os jovens
brasileiros na faixa etária de 15 a 29 anos. Aqueles que optam por isso, muitas
vezes são vítimas da imparcialidade e frieza do ser humano, da falta de
autoestima, da dificuldade de estar em paz consigo mesmo e lidar com a dureza
do modo de vida automático e robótico da sociedade contemporânea, além de
distúrbios mentais de natureza genética e hereditária.
Embora a luta contra os altos índices seja constante,
esses números permanecem elevados, sem levar em consideração o suicídio
indireto, em que a vítima recorre ao uso de entorpecentes para se matar
gradualmente. A morte do cantor Chester Bennington, da banda Linkin Park, em 2017, demonstra como a
tentativa de viver opressivamente agradando o público e satisfazendo os
paradigmas impostos pela mídia destrói intimamente uma pessoa. O suicídio não é
somente uma própria escolha, é homicídio coletivo disfarçado quando todos podem
contribuir com a dor alheia.
Não obstante, a luta por essa causa deve perseverar com a
ajuda intensificada do Centro de Valorização da Vida, popularização de sites como o da série 13 Reasons Why, que juntos poderão
estar à disposição de diversos jovens e adultos, tendo em vista a eficiência do
diálogo para a resolução de qualquer problema; e a propagação de estudos como
os do psiquiatra Augusto Cury, que ensina a lidar com a própria mente e
decifrar os códigos da inteligência, por que a vida é mais importante do que um
simples “status” ou matéria que se consuma. O fim próprio não pode ser uma
escolha.