Esta parede que agora me prende
Não apareceu sozinha, muito menos se auto constituiu.
Posta em andamento graças a mãos ágeis,
Mão ágeis na vida de um cidadão vago.
Esta parede que agora me prende
Não surgiu do nada, nem foi mal colocada.
Observei um horizonte delas, extensas... Incontáveis.
Incontáveis psicronicamente para dentro da cabeça.
Talvez sejam os muros medievais
Aprisionando as moscas dentro duma taça barata.
Ou frágeis pensamentos diante da tal Filosofia.
Estupidamente somos construídos nessa nova seção.
Diga-me, leitor, que é essa parede de eu se fala?
A resposta para esta selva lá fora está dentro,
Dentro da sua casa, no espaço sideral, no teu eu.
É cada quebrada que paro e distribuo palavras
Talvez seja uma bomba, explodindo adrenalina.
Muitos elementos nos cantos surgindo,
Arrebentando os dentes.
Muitos elementos partindo, outros vindo contentes.
Alguns pagam com a vida, outros fogem de repente.
Outros buscam uma saída.
Outros pela primeira vez sentem o gosto que faz a mente.
E por mais que eu passe os caminhos da pedra,
Sempre erguerá novas paredes, cada vez maiores.
Tão altas que o fiozinho de sol fica extinto.
Extinto como a capacidade de poder saber o porquê de sermos seres dominantes.
Para mim, este fluxo é apenas a trajetória sobrevivente,
Como a muralha que separa teu tele encéfalo.
Renan Gustavo Almeida Braz Viveiros, 1D
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