Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: A flor da honestidade

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A flor da honestidade


Por Joseane Priscila de Sousa – 3A

Por volta do ano de 250 antes de Cristo, na China Antiga, um príncipe estava prestes a ser coroado imperador, mas antes devia se casar como mandava a lei. Para escolher uma esposa, convidou todas as moças do reino para uma festa especial.

Uma velha serva do palácio ouviu os comentários dos preparativos e ficou triste, pois sabia que sua filha amava o príncipe profundamente. Ao relatar o fato à jovem, ficou surpresa por saber que ela pretendia ir à festa. “Minha filha, o que você vai fazer lá? Estarão presentes todas as moças mais belas e mais ricas da corte. Tire essa idéia da cabeça. Eu sei que deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura”. “Não, querida mamãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe. Isso já me tornará feliz”.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam de fato todas as moças mais belas, com as mais belas roupas, lindas jóias e com as mais determinadas intenções.

O príncipe então anunciou: “Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que dentro de seis meses trouxer a flor mais bela será a escolhida para ser minha esposa e futura imperatriz da China”.

O tempo passou e a doce jovem apesar de não ter muita experiência em jardinagem, cuidava com muita paciência e amor da sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tentou tudo, usou todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Por fim, seis meses se passaram e nada brotou.

Consciente de seu esforço e dedicação, a jovem comunicou à mãe que, independentemente do resultado, ela retornaria ao palácio na data e hora marcadas, pois não pretendia nada mais do que alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada, lá estava ela com seu vaso, bem como todas as pretendentes, porém cada uma com uma flor mais bela do que a outra. Tinha das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado uma cena tão bela.

Finalmente, chegou o momento esperado e o príncipe observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem sem flor para ser sua futura esposa.

A surpresa foi geral. Ninguém compreendeu por que ele escolheu justamente o vaso que nada tinha cultivado. Então, calmamente, o príncipe explicou: “Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis”.

A honestidade é como a flor, tecida em fios de luz que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

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