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quinta-feira, 6 de março de 2025

Seja a Sua Melhor Versão

 Por Night Charm

Seja a Sua Melhor Versão


A busca pela nossa melhor versão é um caminho silencioso, feito de renúncia, aprendizado e entrega. Não se trata de uma corrida contra o tempo ou de um ideal inalcançável de perfeição, mas de um processo delicado e constante, no qual nos deixamos ser moldados pelas mãos do Criador.

Deus nos conduz por trajetórias que nem sempre compreendemos à primeira vista, mas que são essenciais para nossa lapidação. Como o oleiro que pacientemente trabalha o barro, Ele nos ensina a aceitar o tempo certo de cada coisa. Há momentos de espera, de crescimento e até mesmo de dor, mas em cada um deles há um toque de amor divino, transformando-nos pouco a pouco.

Nessa jornada, a leveza se torna um aprendizado valioso. Não se trata de ausência de desafios, mas da confiança de que cada situação tem seu significado. Aprendemos a não nos sobrecarregar com o que não está em nossas mãos e a acolher o presente com serenidade. A comparação perde o sentido quando entendemos que cada um tem seu próprio ritmo e que Deus nos conduz com delicadeza para onde devemos estar.

Ser a melhor versão de si mesmo é aceitar a beleza do processo, sem pressa e sem rigidez. É um caminho de gratidão, onde se aprende a confiar, a amar e a viver com suavidade. Que possamos, com coração tranquilo, permitir que Deus nos refine e nos ensine a sermos exatamente aquilo que fomos criados para ser.


Briga na arquibancada: Como torcidas organizadas estão manchando o futebol brasileiro

 Por Evillyn Santiago, 3 reg 4

Briga na arquibancada: Como torcidas organizadas estão manchando o futebol brasileiro


As torcidas organizadas surgiram entre 1940 e 1950. São grupos de pessoas que apoiam seus times de forma estruturada, com cânticos, bandeiras, etc. Entretanto o que era pra ser algo bom e de apoio vem se tornando, cada vez mais, algo ruim e gerando desgastantes violências, dentro e fora dos estádios. 

Estas confusões afetam cada vez mais o futebol brasileiro e seus clubes, já que a cada briga, uma punição é aplicada ao clube. Essas punições variam entre estádios fechados, perda de mando de campo, pagamento de multas, etc. Os integrantes das torcidas raramente são punidos de forma severa, todavia há casos em que a polícia tem que intervir, como no caso da emboscada feita pela Mancha Verde (torcida organizada do Palmeiras), para "pegar" a Máfia Azul (torcida organizada do Cruzeiro). Essa emboscada resultou em 17 feridos graves e na prisão de Jorge Luís Sampaio Santos, ex-presidente da Mancha Verde, considerado o mentor intelectual da emboscada, e Felipe Mattos dos Santos, conhecido como "Fezinho", que era vice-presidente da torcida na época. 

Esses episódios mancham o futebol e o tornam um "esporte violento", assim deixando as pessoas com medo de irem aos estádios para acompanhar os jogos dos times. E distancia o povo brasileiro de uma de suas culturas, que é o esporte.


Refutando o ateísmo: um falso Deus

 Por Kaiser

Refutando o ateísmo: um falso Deus


Seja qual for sua crença, seja você cético ou teísta, você concorda que o mundo ao nosso redor, as coisas que vemos – animais, plantas, a matéria e até o universo, que, segundo os cientistas, surgiu há 14 bilhões de anos, tudo isso não surgiu pronto. Teve uma causa primeira, um princípio. Mas você deve estar se perguntando: o que é esse princípio?

Talvez a resposta seja o motor imóvel de Aristóteles. Essa teoria sugere que tudo tem uma causa primeira, um ato que gera outro. Se regredirmos ao princípio desse ato, ele não poderia ter sido criado por nada nem ninguém, pois essa entidade foi a primeira coisa a existir. Esse motor gera um resultado que gera outro e outro, tornando-se uma cadeia de eventos. Porém, se esse motor é imóvel, como ele move as coisas? "Por meio da atração", pois ele é inteligente e perfeito, e todas as coisas o buscam.

Se toda causa gera um resultado que gera outra causa, como algo pode surgir sem ser provocado por nada? Esse pequeno questionamento abre espaço para o que podemos chamar de Deus. Mas você deve estar se perguntando: por que esse motor não pode ser outra coisa, como, por exemplo, o Big Bang?

Para respondermos a essa dúvida, vamos primeiro entender quais as características que Aristóteles atribuiu ao motor imóvel: ele é eterno, possui vontade própria, é perfeito, move pela atração, é inteligível, único, indivisível e inalterável. Ou seja, qualquer candidato a ser esse princípio precisa preencher essas características. Dito isso, vamos responder à pergunta anterior. O Big Bang não pode ser o motor imóvel, pois, segundo os cientistas, ele está em constante expansão, portanto, não possui natureza inalterada.

Essa linha argumentativa, que sugere que o motor imóvel de Aristóteles é, na verdade, Deus, foi proposta pelo filósofo e teólogo Tomás de Aquino em sua obra Suma Teológica, na qual apresenta cinco vias ou argumentos para a existência de Deus.

Mas, se Deus existe e é um ser tão poderoso a ponto de criar estrelas, galáxias, planetas, nebulosas, buracos negros e etc., por que há o mal no mundo? Por que um ser onipotente (capaz de tudo), onisciente (sabe de todas as coisas) e onipresente (está em todos os lugares), sendo benevolente (possui natureza bondosa), permite que crianças e pessoas inocentes morram?

Esse questionamento foi feito por Epicuro, um filósofo proeminente do helenismo. Ele propôs cenários possíveis: Deus quer acabar com o mal, mas não consegue, então não merece esse título. Deus pode eliminar o mal, mas não quer, então ele é malévolo. Deus não quer e não pode eliminar o mal, portanto, não merece o título de Deus, pois é fraco e malévolo. Deus pode e quer eliminar o mal; então, por que o mal ainda existe?


Esses foram os questionamentos levantados por Epicuro sobre a existência do mal. Então, por que Deus não faz nada? Bom, o mal não existe, assim como o escuro também não. O escuro é, na verdade, a ausência de luz, e o mal é a falta de bem. Este não é culpa de Deus, pois ele te dá a liberdade de fazer o que você quer, mas o que você faz com essa liberdade é com você.

Vamos imaginar a seguinte situação: você entrega uma caneta a uma pessoa, e ela começa a escrever coisas horríveis. Isso seria culpa sua? Evidentemente, não, porque você apenas deu a caneta, mas o que ela faz com a possibilidade de escolha é com ela. Ninguém pode ser responsabilizado por algo feito por outra pessoa.

Mas, se o livre-arbítrio é um problema tão latente, por que esse ser superior não criou a raça humana sem esse privilégio? Bom, porque isso tornaria a própria criação humana algo totalmente diferente. Não seríamos a imagem e semelhança de Deus, mas sim marionetes sem vontade própria.

Convido você a imaginar outro cenário para exemplificar o que estou querendo dizer. Alfred Nobel, inventor do Prêmio Nobel e também da dinamite, originalmente criou esse dispositivo para facilitar trabalhos na construção civil e na mineração. Mais tarde, sua invenção foi usada em guerras para matar pessoas. Se adotarmos a linha de raciocínio que diz que Deus é responsável por todo mal, pois criou o livre-arbítrio, seria o mesmo que dizer que quem entregou a caneta ou quem criou a dinamite é responsável pelas coisas que terceiros fizeram com o que criaram.

Agora, eu te pergunto: é justo culpar Alfred ou você, que entregou a caneta naquele cenário hipotético? Creio que não, pois é algo inerente à natureza humana distorcer quase tudo que é bom para benefício próprio, como leis, invenções, entre outras coisas.

Mas isso pode nos levar a outra dúvida instigante: se a ciência avançou tanto, ainda faz sentido acreditar em Deus? Por mais que a ciência tenha avançado, ela não é absoluta, pois isso fere a própria concepção do método científico, que prega que nem o conhecimento é soberano e 100% confiável. O conhecimento está em constante mudança. Uma das características da ciência é questionar as próprias descobertas, admitindo que se sabe de algo, mas que esse algo pode mudar.

Esse instrumento maravilhoso chamado ciência continua sendo muito importante, mas é impróprio para buscar entender Deus, pois ele é um ser metafísico, além da matéria. Como é possível explicá-lo utilizando um instrumento inadequado? Além disso, há muitas coisas que não podem ser explicadas por meio da ciência, como conceitos abstratos.

Se mesmo assim ainda não te convenci, te convido a imaginar possíveis cenários para mostrar como o ateísmo é arriscado. Não existe uma entidade superior, e você é ateu – então, não acontece nada. Você é ateu, e Deus existe – então, você está numa situação complicada, pois não acreditava em Deus e pode haver consequências. Você acredita em Deus, e Deus existe – então, você se deu bem, pois apostou do lado certo. Você acredita em Deus, e Deus não existe – ainda assim, nada acontece com você.

Percebe que, de todas as formas, quem aposta na existência de um criador nunca sai perdendo? Por isso, afirmo com veemência que o ateísmo é uma posição arriscada. Isso é o que podemos concluir ao analisarmos a "aposta de Pascal". E você, em qual lado vai apostar?