Google+ Tribuna Estudantil - O Jornal do HD: Coluna Dose de Informação
Mostrando postagens com marcador Coluna Dose de Informação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Coluna Dose de Informação. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Pandemia e desigualdade - reflexos na sociedade brasileira

 


No cenário atual, muito se tem discutido acerca do impacto socioeconômico advindo da pandemia do coronavírus. A expansão dessa pandemia, principalmente nas áreas marginalizadas do Brasil, vem contribuindo diretamente para a desigualdade social e econômica e expondo as populações mais carentes à vulnerabilidade. Portanto, é necessária uma abordagem que garanta a prevenção e controle da Covid-19 e formule estratégias para os diferentes contextos, atendendo assim a todas as populações marginalizadas.

 Ademais, a crise econômica causada pela pandemia coloca em pauta muitas preocupações com as populações mais carentes. Sabe-se que há dificuldades nas famílias no quesito profissional, é claro. Segundo o site UOL, 71 milhões de trabalhadores não podem fazer Home Office, 18,6 milhões deles são vendedores e trabalhadores do setor de serviços e os outros 15 milhões de pessoas trabalham em ocupações elementares, como trabalhadores domésticos, ambulantes, coletores de lixo, etc., e 11 milhões são operários ou trabalhadores da construção.

Além disso, a educação também é afetada, visto que nem todas as pessoas têm acesso à internet para participar das aulas remotas. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Brasil, cerca de seis milhões de estudantes, desde a pré-escola até a pós-graduação, não têm acesso à internet banda larga ou 3G/4G em casa. Logo, são necessárias medidas visando à integração desses alunos, para que os mesmos não sejam afetados no ensino.

Portanto, para que trabalhadores e estudantes marginalizados sejam atendidos, é necessário que o governo institua um seguro ou um pagamento a ser recebido por brasileiros mais pobres em situações de pandemia, de modo que garanta que essas populações não sejam afetadas financeiramente. No caso dos estudantes, que consigam participar das atividades remotas, adquirindo um smartphone, tablet ou notebook e consigam ter acesso à internet.  Além disso, voluntários podem ajudar com a distribuição de álcool em gel, máscaras e afins, através campanhas solidárias visando à prevenção e controle da Covid-19.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A assistência de enfermagem no cuido paliativo

 

Poucos sabem como surgiu o cuidado paliativo. Historiadores afirmam que na antiguidade, durante as Cruzadas na Idade Média, encontravam-se "hospices", uma espécie de abrigo ao longo do caminho, que abrigavam pacientes, famintos, trabalhadoras, órfãos, pobres e leprosos. Contudo, pouco se tem discutido acerca da assistência de enfermagem perante pacientes que exigem esses cuidados. Observando o cenário da assistência em saúde no cuidado paliativo, faz-se necessária a adoção de medidas para que tal assunto ganhe mais visibilidade. 

A medicina paliativa no Brasil ainda se trata de um processo lento. Muitos profissionais de saúde nem mesmo entendem o conceito de prestar assistência multiprofissional a pacientes com doenças, que rapidamente levarão suas vidas. "Vemos o paciente de uma forma completa, global e trabalhamos com suas necessidades físicas, psicossociais e espirituais," explica Dr. Marcos Montagnini, que atualmente é diretor do Programa de Educação em Medicina Paliativa da Universidade de Michigan (EUA).  Além disso, visa-se à otimização de recursos dispostos no hospital, seja ele público ou privado, evitando que sejam gastos com tratamentos em pacientes sem um prognóstico bom. Logo, profissionais que não estão qualificados para um atendimento voltado para o conforto deixarão a desejar no acolhimento.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. As ações incluem medidas terapêuticas para o controle dos sintomas físicos, intervenções psicoterapêuticas e apoio espiritual ao paciente, desde o diagnóstico até o óbito. Para os familiares, as ações se dividem entre apoio social e espiritual e intervenções psicoterapêuticas, também do diagnóstico ao período do luto. Para tentar diminuir essa carência, é necessário que profissionais de saúde sejam qualificados para exercer tais cuidados, quebrando o tabu que a morte traz, tornando-a algo mais leve e natural.


terça-feira, 17 de novembro de 2020

“O ser humano era fruto das próprias escolhas”

 


“O ser humano era fruto das próprias escolhas”

 

Desde o nascimento, nos é ensinado o que é certo e errado e a partir daí reproduzimos valores impostos pela sociedade. Isto quer dizer que agimos conforme regras impostas, sendo recompensados quando seguimos as regras e castigados quando as infringimos.

Mesmo assim, somos livres para agirmos dentro dos limites impostos pela ética e pela moral. Essa liberdade parte do princípio do respeito aos direitos alheios. Entretanto, na vida prática não existe o respeito ao homem em si, o que existe na consciência humana é o respeito a si mesmo, a busca constante para si próprio. Nossas decisões são diretamente ligadas a ética e moral, uma vez que, como citado anteriormente, elas podem afetar positiva ou negativamente na maneira como somos vistos por outras pessoas.

A citação de Aristóteles é verídica, somos fruto das nossas próprias escolhas, nosso futuro depende das nossas ações presentes. 


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Movimentos antivacina

 

Movimentos antivacina

 

A questão da vacinação atrelada à sociedade não se trata de uma intervenção atual, uma vez que a primeira vacina foi criada no século XVIII, por Edward Jenner, pesquisador inglês, que dedicou 20 anos de sua vida para o estudo da Varíola. Em 1796 a experiência feita por ele permitiu a descoberta da vacina e a divulgação do seu trabalho dois anos depois. O que alterou completamente a ideia de prevenção contra doenças e tornou a Varíola a primeira doença infecciosa erradicada por meio da vacinação.

A vacinação é importante para a sociedade, porém, atualmente, têm surgido muitos movimentos antivacina, sendo caracterizados segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos dez maiores riscos à saúde global. Isso porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo e a poliomielite. Entretanto, os movimentos antivacina vêm crescendo no mundo todo, inclusive no Brasil, que sempre foi exemplo internacional.

O que impede tal problema ser solucionado é a desinformação ou a veiculação de fake news, por meio de plataformas digitais, redes sociais, dentre outros. Uma parcela dos cidadãos, sob influência de argumentos errôneos, passa a negligenciar as vacinas, resultando em um problema para toda sociedade. Segundo a pediatra Eliane Matos, da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro, “Quando uma pessoa é imunizada, protege, de forma indireta, as que não foram”. Por isso a vacinação é algo tão importante a ser discutido.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, tais como ações envolvendo os órgãos públicos, relacionados à saúde e a educação, provendo conscientização à população, através de palestras, trabalhos sociais, verificação do cartão vacinal nas escolas, uso de folders informativos, etc. Cabe à população ser mais seletiva perante as notícias veiculadas na internet, buscando sempre pesquisar a veracidade das informações para não replicar informações errôneas. 


quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Os desafios organizacionais da República Federativa

 

Os desafios organizacionais da República Federativa

 

Os desafios organizacionais da República Federativa Brasileira não são uma intervenção atual. Tendo em vista que a República foi proclamada em 15 de novembro de 1889, ocorreram muitas revoluções desde então. A maior dificuldade atual tem sido encontrar maneiras de acabar com as desigualdades. Em 1889, o país tinha 14 milhões de habitantes, sendo quase 2 milhões de ex-escravos. Em 2019, são 220 milhões de habitantes, com 13 milhões de miseráveis, segundo o IBGE. As desigualdades no Brasil não diminuíram, a pobreza e a violência aumentaram, sendo assim um reflexo direto de crise dos âmbitos econômicos e sociais.

O atual cenário está marcado pela reiteração constante de atitudes ilegais e antiéticas praticadas por agentes que priorizam interesses pessoais ou de terceiros, esquecendo-se de suas reais responsabilidades com a gestão. Os casos de envolvimento em escândalos e corrupção, nas diferentes esferas do poder público, são apresentados quase que diariamente pela mídia, e o mais impressionante é que pouco tem sido feito para aplicar punições aos responsáveis. O resultado desse desrespeito e falta de comprometimento dos gestores públicos é sem dúvida sentido pelo povo, o qual não tem suas necessidades básicas atendidas, que recebe uma prestação de serviços públicos inadequada, na maioria das vezes, principalmente no que se refere às áreas da saúde, educação, moradia e segurança, incompatíveis com a elevadíssima carga tributária à qual está submetido o cidadão brasileiro.

Portanto, para minimizar o problema em questão, o Poder Judiciário, o qual é responsável pelos julgamentos, deve focar-se em aplicar a diminuição da possibilidade de recursos em caso de acusação de corrupção, com o claro intuito de diminuir as formas pelas quais um político pode ludibriar a lei para se manter em esquemas ilícitos. Além disso, a população deve fiscalizar de maneira mais próxima os candidatos por meio de aplicativos já criados, como o “Tem meu voto”, com o objetivo de eleger pessoas mais transparentes e preparadas para governar o país. Uma forma eficaz de combate à pobreza e à desigualdade é por meio da geração de empregos, para que as famílias possuam renda suficiente para suprir as necessidades básicas de sobrevivência. O Governo deve aprimorar políticas de combate ao desemprego e à informalidade do setor empregatício.

Observação: Esse texto foi feito juntamente com a Colunista Júlia Barra, a parte que ela escreveu está disponível na Coluna “Dicas de Estudo”.


terça-feira, 25 de agosto de 2020

A cultura do Cancelamento

 

A cultura do Cancelamento

 

Atualmente, convive-se diariamente com as consequências da cultura do Cancelamento nas redes sociais, visto que o fato do meio cibernético digital ser um local sem leis colabora com que sejam feitas críticas constantes e exacerbadas. Tal cultura surgiu em meados de 2017, através da rede social Twitter, com o objetivo de expor atitudes erradas e irresponsáveis e fazer com que o alvo das críticas se responsabilizasse pelo erro.

Segundo a psicóloga Elisa Bichels, especialista em terapia cognitivo-comportamental, os nichos sociais se formam não somente por afinidades, mas também por inimizades. Portanto "cancelar" gera o impacto de exclusão e banimento de famosos, pessoas comuns ou grupos. A problemática está na possível alteração da história contada, na abstração de detalhes específicos, na tendência da generalização e na incapacidade de perdoar erros.

Por um lado, são discutidas pautas realmente importantes; por outro, nota-se uma ampliada banalização, abrindo espaço para a agressão virtual e veiculação de discursos de ódio. O ideal de ser humano perfeito leva aos internautas a não compreensão de que errar é completamente normal e mudanças são possíveis.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse: censurar discursos de ódio nas redes sociais, aderir a medidas midiáticas de conscientização a respeito do Cancelamento e seus reflexos pessoais, e criar leis para crimes e problemas cibernéticos. Apesar de a tecnologia ter surgido para ajudar em várias áreas, o meio virtual carece de medidas preventivas para que problemas como esse sejam solucionados.


terça-feira, 11 de agosto de 2020

Autistas no âmbito escolar e profissional

 

Autistas no âmbito escolar e profissional

 

Pouco se tem discutido acerca de pessoas com autismo e sua inserção no âmbito escolar e profissional. Atualmente, observa-se que as escolas, em sua maioria de rede pública, não dispõem de profissionais que saibam lidar e tenham o devido preparo para educar essas crianças. Para que uma pessoa autista seja incluída no mercado de trabalho, é necessário que antes a mesma seja incluída na escola. O desafio maior é que tal transtorno afeta drasticamente o quesito da comunicação.

O autismo é um transtorno neurológico caracterizado por comprometer a interação social e a comunicação, os sinais geralmente se desenvolvem gradualmente. Ele afeta o processamento de informações no cérebro, alterando assim, a forma como as células nervosas e suas sinapses se conectam e se organizam. Apesar de algumas crianças com autismo se desenvolverem bem, podem-se ocorrer casos de regressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são autistas. Além disso, estima-se que o Brasil tenha cerca de dois milhões de autistas.

Quando as dificuldades são notadas precocemente, a intervenção com terapias é mais eficaz, fazendo com que a criança se desenvolva e tenha mais autonomia perante situações cotidianas, por exemplo. Por outro lado, pessoas com autismo são boas em testes de inteligência não verbais e possuem memórias excepcionais, podendo se lembrar de informações fidedignamente. Portanto, se inseridas no âmbito profissional, o ideal é explorar áreas auditivas e visuais. Apesar de esse transtorno ser variável de pessoa para pessoa, o critério de diagnóstico se baseia na capacidade de realizar atividades simples, portanto as pessoas que possuírem grau leve seriam inseridas mais facilmente.

Para que haja essa inserção, é necessário que a empresa ou o local de contratação tenha o preparo e faça acompanhamento com o contratado sempre. Assim, incluindo-o de forma respeitosa, humanizada e paciente. É de fundamental importância preparar também os membros da equipe de trabalho, para que os mesmos saibam como agir com a pessoa que possui o transtorno.  


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Brasileiros no combate a ansiedade e depressão


Brasileiros no combate a ansiedade e depressão


Convive-se diariamente com as consequências da ansiedade e da depressão, devido aos fatores emocionais e físicos que esses transtornos acarretam. A vida em sociedade tem cobrado cada vez mais dos indivíduos. Com isso, o sentimento de que se tem a obrigação de possuir bens materiais, alcançar a felicidade e ser bem sucedido é uma marca do século atual. O adoecimento é um dos resultados dessas exigências. Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
O Brasil tem cerca de 11,5 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença. Os brasileiros não são somente deprimidos, também são ansiosos. Em 2017, 18,6 milhões de brasileiros tinham o transtorno, o que corresponde a quase 10% da população.  Segundo Marjorie Carvalho, psicóloga do Zenklub, a ansiedade se torna um problema porque causa grande impacto na vida diária de uma pessoa, limitando suas experiências e levando a prejuízos em uma ou mais áreas da vida.
Sabendo-se que a depressão não fica longe disso, a mesma pode afetar vários âmbitos da vida de um indivíduo, trazendo reflexos negativos, muito além dos reflexos psicológicos, comprometendo a vida social, estudantil e profissional. A desigualdade social, pobreza e traumas na infância são apontados como fatores de risco para transtornos de ansiedade, assim como o estresse, ainda que não necessariamente uma pessoa estressada ou que tenha sido exposta a uma situação estressante vá desenvolver algum transtorno desse tipo. No Brasil, é comum viver essa realidade, o que está gerando cada vez mais pessoas ansiosas e deprimidas.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, campanhas midiáticas podem contribuir com divulgação sobre o assunto, para que mais pessoas sejam conscientizadas sobre a importância de estarem atentas aos sinais que as pessoas podem demonstrar, as escolas têm papel fundamental de orientação e cuidado aos jovens, e cabe à família, observar e zelar pelo bem-estar físico e mental, não somente dos jovens, mas de adultos que também passam por esses transtornos, oferecendo a assistência necessária. A responsabilidade governamental visa à criação de campanhas de prevenção e conscientização social para o problema, além da oferta de assistência gratuita psicológica, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

terça-feira, 23 de junho de 2020

Métodos contraceptivos no Brasil


Métodos contraceptivos no Brasil


Muito se tem discutido acerca do uso de métodos contraceptivos, quais os benefícios eles trazem e como tornar o acesso viável para todos. Os contraceptivos são recursos antigos e, com a evolução do conhecimento, muda-se também o conceito dos métodos de prevenção. Em virtude do cenário atual, mesmo com toda a discussão sobre tal assunto, ainda há um grande incidente de gravidez na adolescência e Infecções sexualmente transmissíveis (IST's).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são contabilizados no mundo mais de 1 milhão de casos de infecções sexualmente transmissíveis entre pessoas de 15 a 49 anos. Além do número dessas infecções ser crescente no Brasil, conta-se com 400 mil registros de gravidez na adolescência anualmente. Ao analisar os fatos, é debatido sobre políticas que possam contribuir com a diminuição dessas taxas.
Atualmente, observa-se que, apesar do acesso gratuito aos métodos contraceptivos através do Sistema Único de Saúde (SUS), houve uma decorrência maior dos casos citados anteriormente. É colocado em questão o fato da carência de educação sexual na rede pública, orientação familiar e orientação dos profissionais de saúde mediante palestras, por exemplo. No Brasil, torna-se um desafio, considerando as desigualdades regionais, raciais e socioeconômicas que ainda precisam ser superadas.
É inegável que com o acesso a orientação e informações, tais taxas serão reduzidas. É necessário orientar, principalmente, a população adolescente, para que as medidas sejam efetivadas e a próxima geração, de certa forma, seja mais saudável.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

O Renascimento do Parto - Documentário


O Renascimento do Parto - Documentário


O primeiro momento do documentário trata do relato de Carol Lobo, que conta a experiência do parto “Cesariana” na sua primeira gestação. Segundo o médico, a criança teve de ser retirada com 38 semanas e dois dias, pois estava com uma "circular de cordão", que é basicamente o cordão umbilical envolto ao pescoço. Três anos se passaram e Carol engravidou novamente, então, resolveu mostrar a sua filha como os bebês nasciam através do vídeo do parto, mas, no decorrer do vídeo, ela se choca com o tratamento que recebia durante o ato cirúrgico, notando que ambas recebiam procedimentos muito invasivos.
Com essa história, é inserido no documentário um tema pouco discutido, porém muito importante: A violência obstétrica. Segundo Michel Odent, obstetra francês, a evolução do parto fez com que fosse deixado pra trás o conceito do "coquetel do amor", que é a mistura de hormônios passados da mãe para o bebê no momento do nascimento. Hoje em dia esses hormônios são induzidos de forma sintética, ou pior, nem são "ativados". 
Ricardo Jones, obstetra brasileiro, afirma que a entrada da figura masculina no cenário do parto, alterou totalmente a forma de abordá-lo. Além de passar a ser um ato cirúrgico ao invés de fisiológico, o controle fica inteiramente nas mãos dos médicos, o que faz com que mulheres e bebês sejam colocados em risco. No Brasil, 52% dos partos são cesarianas, por trás dessa estatística existe uma lógica cultural e econômica. Para os médicos, é muito mais viável e lucrativo ter algo marcado do que incerto. 
Segundo Melania Amorim, médica obstetra, a maioria dos médicos induzem mulheres através de falácias e mitos, fazendo assim elas optarem por esse procedimento invasivo. Alguns mitos são comuns, tal como a circular de cordão. O bebê respira através do próprio cordão umbilical e da placenta, portanto é impossível morrer enforcado, pois ele só respirará normalmente quando o cordão for cortado. Outro mito comum é falar que a mulher não entrou em trabalho de parto sendo que, até a quadragésima segunda semana, todas entram. A questão é que muitos médicos não esperam a dilatação acontecer e já partem para a cesariana. 
Apesar de a cesariana salvar muitas vidas, não deveria ser tão frequente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cesariana é responsável pelos elevados níveis de prematuridade, internação e problemas respiratórios; além disso, causa altos níveis de mortalidade e hemorragias durante o parto.
O Nascimento humano foi moldado, criando a ideia de que mulheres não são capazes de ter filhos da maneira natural, assim, impregnando tabus na sociedade. A violência obstétrica constitui uma grave violação a autonomia das mulheres, ferindo os direitos humanos. Por isso, é importante que não somente as mães sejam conscientizadas, mas também nós adolescentes e jovens, pois traremos ao mundo a nova geração.