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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Os gigantes que podem reviver

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2


No final de 2013 e neste ano de 2014 a Ucrânia se vê dividida entre dois grupos políticos e econômicos que ocasionaram uma sequência de protestos contra o governo. Desde sua constituição como um país independente, a Ucrânia sofre com sua política, sua economia e sua sociedade desestruturadas.

A Rússia sempre influenciou este país. No século XVIII, a Ucrânia fazia parte do império dos czares russos e o foi até a revolução bolchevique, em que a população russa impôs que o povo deveria controlar o governo, estabelecendo uma ditadura do proletariado. Entretanto, em 1924, a República Socialista Soviética da Ucrânia aderiu à União Soviética (URSS) e neste bloco permaneceu até 1991. Neste ano, uma nova independência foi conseguida, tendo como palco a Praça Maidan, onde estão ocorrendo os protestos atualmente. O grupo que apoia a Rússia são os pró-russos, que defendem que a Ucrânia deve permanecer com a aliança com esse país.

Por outro lado, existem os pró-UE, ou seja, os defensores que se aliam à União Europeia. O ponto de partida para esse confronto foi o fato do presidente da Ucrânia ter decidido que o país não assinaria um acordo com a UE. Os simpatizantes pró-UE lideram uma campanha na qual a estrutura social e econômica da Ucrânia deveriam ser como a dos países europeus. Porém, o partido citado tem ligações com tendências de direita e extrema-direita.

Desse modo, o país se encontra dividido, mas não somente por grupos, também por países, sendo a Rússia aliada com os pró-russos e potências do Ocidente aliadas com os pró-UE. Interpretando de modo diferente, estes conflitos na Ucrânia podem ocasionar o despertar de gigantes da Guerra Fria, em que EUA e Rússia disputavam o poder.

Dado o exposto, se estes protestos não forem contidos, não só os ucranianos irão sofrer as consequências, mas sim toda a humanidade.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Nos olhos de uma borboleta: O retrato de Lauriel

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2


Quando entrei naquela simples casa, senti uma energia diferente. Aquele lar era constituído por pessoas humildes, que queriam viver e amar como qualquer outro ser do planeta. Era ambientado por oito indivíduos: Marta, a mulher guerreira e batalhadora que liderava a casa e seus sete filhos; Gerald, o menino que gostaria de ser super-herói; Luiza, a garotinha com os pequeninos olhos azuis; as gêmeas Carla e Maria; Joseph, o estudioso; Mauro, o filho mais rebelde, que às vezes tinha até vergonha da família; e a menina que já conhecemos, Lauriel.

Fui passeando pelos cômodos que, aliás, não eram muitos e encontrei no único quarto da casa a mãe lendo para os filhos depois de um dia cansativo. Enquanto ela lia o segundo capítulo de A Bela e a Fera, Lauriel pensava se deveria fazer aquela pergunta à mãe e logo tomou coragem e perguntou a ela:

- Mãe, o que a gente faz com algo de que gostamos muito?

- Nós devemos guardá-los na mente e no coração como se fosse a coisa mais preciosa de sua vida - Disse sua mãe.

E foi isso que Lauriel fez ao avistar sua primeira borboleta, tornando-se assim uma colecionadora “nata” dali por diante.

A minha última visita foi na sala de estar, onde me deparei com grandes olhos castanhos e um sorriso radiante numa moldura perfeita, com tons em preto e dourado: era o retrato de Lauriel, que retratava muito bem sua personalidade. A coragem dela estava estampada nas mãos cuidadosas ao segurar o galho de uma árvore, sua visão estava avistando o horizonte, mostrando sua característica de sonhadora, e seu sorriso só resumia a felicidade que sua família estava vivenciando naquele momento.

Porém, eu já sabia como esta história iria acabar. Dias depois da minha visita à casa de Lauriel, uma coisa terrível aconteceu: sua família faleceu em um incêndio arrebatador. E tanto o retrato de Lauriel quanto o seu sorriso seriam difíceis de ser vistos daqui pra frente.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Discurso do nosso dia

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2


"Filosoficamente ela anotava quando as datas se passavam na virada do ano; seu próprio aniversário, e outros dias marcados por incidentes dos quais tinha participado. De repente pensou, uma tarde, enquanto se olhava no espelho em sua formosura, que havia ainda outra data, mas importante do que aquelas para ela..."¹

Elsa abriu outra vez o seu notebook  e deu de cara com aquele arquivo que retratava muito bem um período de sua vida. Ela e sua amiga de infância, Vitória, sempre imaginavam como iria ser o dia do casamento delas e então, certo dia sua amiga deu a ideia de cada uma fazer um discurso para ser lido no grande dia da outra e mesmo se acontecesse alguma coisa ao longo dos anos, elas iriam jurar que leriam o discurso de qualquer forma.

Neste dia, sentada à frente de seu computador Elsa pensava se aquela promessa não era somente uma brincadeira de criança. O tempo passou e muita coisa aconteceu. Ela acreditava que a única amizade que teve era falsa, pois foi só aparecer a primeira dificuldade que Vitória logo lhe deu as costas. Dali a quinze dias Vitória iria se casar, justamente com o homem que Elsa desde sempre amou; aliás, motivo principal para selar de vez a relação entre as duas.

Durante a tarde, o telefone tocou, e aquela voz reconhecível soou do aparelho. Vitória estava ligando para saber se Elsa iria cumprir sua promessa e ler o famoso discurso para ela, a garota que havia passado todo o dia pensando no assunto, respondeu afirmativamente.

No outro dia, a mãe de Elsa, durante o jantar disse que tinha ouvido falar de um boato que o noivo de Vitória, provavelmente estava traindo-a com uma de suas colegas de trabalho. A menina que não acreditava nisso, não deu ouvidos a mãe; mas, mesmo assim, uma pequena dúvida surgiu na sua mente. Duas horas depois, Elsa resolveu sair para espairecer e comprovou que aquele boato era realmente verdade, ela viu o noivo de Vitória aos beijos com uma mulher na frente de uma boate e Elsa pensou seriamente no que fazer; contar a sua amiga ou defendê-la? E, no mesmo instante ela atravessou a rua para tirar satisfações com o cara, que fez de tudo para negar o ocorrido.

O grande dia de Vitória havia chegado e tudo estava lindo, as flores, a decoração, todos estavam felizes inclusive Elsa que dava de tudo para voltar no tempo, reconstruir sua amizade e estar ao lado de sua amiga no altar. E assim, as horas foram passando e estava nítido que algo de errado estava acontecendo e era verdade, o noivo de Vitória ainda não havia chegado e provavelmente não iria chegar. Ao sair da Igreja, Elsa viu várias pessoas em volta do carro da noiva e também se aproximou de lá, Vitória vendo Elsa saiu do automóvel e deu um longo abraço nela, ela estava linda, porém o choro desfazia a sua maquiagem.
Dali pra frente, Elsa e Vitória nunca mais deixaram abalar a amizade que existia entre elas, pois elas tinham o apoio uma da outra e nenhuma pessoa podia afetar esse sentimento.

¹ HARDY, Thomas. Tess of the d'Urbevilles.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Persuasão das propagandas

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

O marketing atual está baseado em campanhas publicitárias, ou seja, em propagandas, que tentam controlar o público para uma maior venda de produtos.

O sistema de mercado (marketing) originou-se nas guerras a fim de combater os inimigos. De certo modo, esta estratégia não mudou. Empresas estão em constantes guerras midiáticas para combater o sucesso de seus concorrentes. A cada momento, as propagandas vão se inovando com o objetivo de conquistar mais consumidores e, as mesmas, utilizam meios para chamar atenção de seu público-alvo, tais como: sons, que remetem a determinada empresa; imagens e cores, que despertam os sentidos do público e, as mensagens subliminares.

Desenvolver a imagem de uma marca não é assim tão fácil. Anos e anos são necessários para a construção da mesma. Por exemplo, a Coca-cola, que é uma das multinacionais com maior sucesso, trabalhou muito bem a sua marca. A empresa associou o natal ao seu produto, de forma que a cor da roupa do papai-noel remetesse a cor da embalagem de seu produto e não é só isso, quando esta empresa é atingida por concorrência desleal ao invés de falar mal da organização que a atingiu, ela realça seus próprios pontos fortes.

Outro assunto a ser tratado são as mensagens subliminares, que por sinal são proibidas, mas continuam a serem utilizadas por algumas empresas de forma discreta. O primeiro caso registrado de mensagens subliminares foi em um cinema estadunidense, onde passava uma frase durante um filme: “Beba Coca-cola e come pipoca!”. Ao final da exibição do filme a maioria das pessoas cumpriu o que a frase falava, uma das causas deste sistema ser proibido nas propagandas.

Dado o exposto, as empresas manipulam de variados meios a população e assim, os consumidores se transformam em máquinas que dão dinheiro, e isto somente. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Amor na chuteira

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

Vejo cores por todos os lados, pessoas com sorrisos nos rostos, amigos se abraçando, mães acariciando os filhos e gritos ensurdecedores quando eles entram no campo... Somos representados por 11 pessoas, elas fazem o país inteiro jogar junto, de corpo e coração, como se estivéssemos no campo procurando fazer um gol.

Sim, esta é a magia do futebol, ele reúne todo o mundo, ele não quer saber se você é branco, preto, pardo, lilás; nem se você veio do norte ou do sul, ele só quer que você sinta a emoção que todos compartilham: a esperança de ser vitorioso. Este jogo faz você amar o seu país, a sua cultura, por isso um dos momentos mais bonitos é a execução do hino, em que torcedores e jogadores entram em perfeita harmonia, demonstrando o que sentem pela sua pátria.

E, a partir daí, o jogo começa, fazendo o torcedor viver um turbilhão de sentimentos, nos quais trazem a eles tristeza ou alegria, tudo isso durante a partida. E nesses 90 minutos temos uma pequena demonstração da vida, porque nem sempre vamos ser vitoriosos, sempre vai haver um momento que vamos perder. Portanto, o melhor que devemos fazer é ter esperança, pois esta é a única virtude que temos para superar as dores e os sofrimentos.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Ponto de vista

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

O cotidiano leva aos seres, pequenos muros invisíveis que se constroem a partir da alienação dos mesmos, resultando na falta de percepção de que existe um mundo ao redor desta vida corriqueira.

O tempo só existe para os meros mortais, pois para aqueles que estão do outro lado do muro, ele é apenas uma contagem de minutos e horas a mais, de fome, de frio e de dor. Do lado de cá, o auge é o dinheiro; do lado de lá, o privilégio é a vida. As pessoas não veem estes muros, porque não querem vê-los, mas eles estão aí, visíveis ou invisíveis, aos olhos de quem observa.

Você deve estar se perguntando a que este texto se refere. Então, observe estes exemplos. Um menino de rua pede uma esmola em um sinal de trânsito; os muros dividem uma cidade, separando bairros nobres de bairros populares; um homem não ajuda o cego a atravessar a rua; o adolescente discrimina a nova aluna de sua classe... Muros visíveis e invisíveis revelam a desigualdade existente em nossas vidas.

Quanto menos se tem, mais se pode ver. O mundo aos olhos de uma criança é apenas um grande parque de diversões, que dá asas a sua imaginação; já o mundo aos olhos de um adulto é apenas uma escada, onde quanto mais degraus se sobe, mais dinheiro e bens materiais se pode adquirir.

Vejo o mundo nos olhos de uma criança e ainda tenho a esperança que estes muros serão abalados.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Um belo presente

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

Certo dia, eu a vi pela primeira vez, sabia que aconteceria algo entre nós. Vivia numa cidade pacata, onde ouvíamos o canto dos passarinhos, o vento uivar e sentíamos a brisa fresca vinda das árvores. Sentava em frente a sua casa para ver seu sorriso singelo e sua serenidade.

Dias e dias se passaram e comecei a perceber que ela só saía de sua casa às 18 horas, fiquei tão curioso que queria perguntá-la o motivo daquele comportamento. Mas não tinha coragem! Todos falavam que ela havia matado seu marido por vê-lo com outra mulher. Como ela poderia ter feito isso? Era uma mulher tão calma, inocente e perfeita.

No outro dia, tomei coragem. Fui até a casa dela e perguntei: 

- Por que você só sai de casa às 18 horas? A mulher, com um rosto pálido, pôs-se a falar:

- Eu sempre vejo você na porta da minha casa, sei que você é uma pessoa boa, por isso vou lhe dizer o motivo de eu ser assim. Era 19 de dezembro de 1967, eu e meu marido estávamos nos despedindo. Ele iria para a guerra do Poing. Meu olho cheio de lágrimas esperava o pior. Passados 15 dias, chegou a notícia de que receava. Ele estava morto e me deixou uma carta dizendo que me daria uma estrela e ela só aparecia às 18 horas, ainda disse que ela representava o nosso amor.

Depois de um longo instante de silêncio. Ela disse:

- Não sou perfeita como imagina, tenho uma ferida no meu peito. Quero que venha neste horário todos os dias a minha casa e assim você passará a ser como o filho que sempre gostaríamos de ter.

E assim o menino deixou a casa da mulher e todos os dias, por vários anos, eles estiveram juntos, vendo aquela estrela no céu.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Nos olhos de uma borboleta: o primeiro encontro

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

Esta é uma história que aconteceu no fim da década de 1960, na Austrália, especificamente no município de Brisbane, um lugar pequeno em que raramente apareciam flores, animais e primavera.

Todo dia eu a via com aquele rosto sereno e singelo, que se espremia entre as grades de uma imensa casa procurando, com o olhar, o jardim. Estava com um vestido azul no corpo e carregando na sua mão esquerda uma cesta de palha, muito grande, considerando o seu tamanho. A mãe, por sua vez, obrigara a menina a vender os bolos e doces que fazia, esperando aumentar a renda da família.

Numa tarde ensolarada, logo após a manhã na escola, a garota partiu para a venda disposta a ter um dia lucrativo. Mas, quando estava subindo o morro, deparou com a coisa mais linda que vira na vida, uma borboleta, era a primeira borboleta que avistara, suas asas eram azuis com as bordas pretas, o que a fez relembrar os pequeninos olhos de sua irmã. Sem pensar duas vezes, a menina começou a seguir a borboleta e, desta forma, parou aqui nesta imensa casa, em meio às grades. O jardim um pouco distante parecia intacto, com as árvores e rosas brilhando com a luz do sol. E então, ela virou-se e começou a caminhar, guardando, como se fosse o maior tesouro de sua vida, a imagem daquela borboleta. E aquela era a primeira de muitas borboletas que a menina iria colecionar.

A situação econômica da Austrália não ia lá muito bem, e por isso, a família de Lauriel, nossa colecionadora de borboletas, estava vivendo à beira da miséria. Ela e os seus seis irmãos tinham que dividir o pouco de comida que restava, porém o pior ainda iria acontecer. Com o pouco dinheiro, a jornada de trabalho de Lauriel triplicou e ela nem mesmo estava indo à escola. Num desses dias quaisquer, a menina iria colecionar a borboleta mais marcante de sua vida.

Era quase noite e a garota ainda vendia os bolos e doces na parte rica da cidade e, de vez em quando, recebia uma gorjeta que gastava comprando balas para tapear a fome. Chegando à rua da sua casa, viu de longe um aglomerado de pessoas que mal a deixavam se aproximar, olhou para o alto e viu que o céu se tornava escuro somente em cima da casa dela. Lauriel deixou sua cesta cair e começou a correr, ansiosa para ver o que estava acontecendo. Era um incêndio, sua casa estava parcialmente queimada, justamente no quarto onde sua mãe e seus irmãos costumavam ficar. Só parou de correr quando adentrava a casa e, na sala, encontrou a irmã, encostada num canto com o rosto imerso em lágrimas e bastou um olhar entre as duas para concluir o ocorrido. De mãos dadas, Lauriel e sua irmã saíram da casa em direção à cesta que a mesma deixou cair, os olhares de pena das pessoas não aliviavam o momento. E lá estava ela, vermelha e marrom, pousada na cesta de bolos e doces da garota, a borboleta que certamente a menina não esqueceria jamais. E ela voou indo para o céu escuro e sombrio em cima das duas irmãs.

Três meses depois, Lauriel e sua irmã foram adotadas por um casal simples também da Austrália e o que Lauriel não sabia é que muitas borboletas ainda iriam cruzar o seu caminho, em situações completamente diferentes. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Acasos da vida

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

“Tudo estava como deveria ser, sai de manhã para ir trabalhar. Sou Sophie Cristhine, jornalista da BBC e naquele dia algo esperava por mim. Como sempre, cheguei à empresa e comecei a escrever meus textos sobre política, quando, por volta das 11h, meu segredo ia ser revelado e perderia meu emprego. Tenho esquizofrenia desde os 15 anos e às vezes os surtos vêm à tona, para relembrar-me de meu passado sombrio. Fui encaminhada imediatamente para o hospital Sant’Ana, aqui, no centro de Nova York, e lá viveria uma outra vida. Depois de uma dose forte de calmantes, acordei três dias depois, avistando um anjo, era Louis Médici, um médico psiquiatra, vindo de uma família tradicional de médicos. Era loiro, com os olhos azuis e uma pele de porcelana, sua entrada trazia uma luz semelhante a de um anjo, por isso o apelido. Durante os dias de minha crise intensa, pude notar que ele era a pessoa perfeita para mim. Os dias de minha vida estavam contados e aproveitei o momento de estar ao lado dele, todos os pacientes e médicos diziam que formávamos um casal lindo. Mas nem tudo são flores, esta noite, sozinha, deitada nesse leito de morte, vi minha vida passar pelos meus olhos e decidi escrever minhas últimas palavras neste diário, para dizer que minha vida se resume a isso: palavras escritas, textos e, por essa causa, acabo no meu mundo imaginário, no meu mundo e, um dia, sei que você estará lá.”

Sentirei saudades. Nova York, 23 de julho de 1997.

Sophie Cristhine. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Reign

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

Chamem os servos! A rainha despertou!

Era uma manhã ensolarada no convento de St. Claire e era o grande dia em que encontrarei meu futuro esposo. Meu nome é Mary, sou rainha da Escócia desde meus seis dias de vida, quando meu pai faleceu no campo de batalha e, a partir daí, a Escócia foi governada por regentes. Aos quatro anos, fui prometida em casamento ao futuro rei da França e, até hoje, a corte francesa me deseja pelo meu país e pela minha coroa.
Parti para a França após o café-da-manhã do convento, que foi bastante assustador, uma das freiras fora envenenada salvando a vida de sua majestade, no caso, eu; mais uma pessoa que morre por causa das várias tentativas de assassinato para desestabilizar a linhagem real. Agora, nesta carruagem, vejo-me imersa em pensamentos e, acima de tudo, pronta para as enormes transformações que irão ocorrer. Gostaria de, pelo menos, ter uma vida normal, principalmente amar, sem alianças nem reinos, pois, pelo que tenho visto, rainhas não possuem este privilégio.

Depois de duas horas de viagem, a porta da carruagem se abriu, avistei vários olhares dos servos procurando saber quem será sua nova redentora e, para acalmar um pouco o momento, encontrei minhas amigas, que serão também minhas damas de companhia: Lola, Aylee, Kenna e Greer. Ao dar meus primeiros passos para o castelo, vi o rei Henry, Diane, sua amante, a rainha Catherine de Médici e, do seu lado oposto, vejo um belo homem que penso em poucos minutos ser meu futuro esposo. Mas, caminhando em minha direção, Francis, com um ar soberano demonstrava ser em breve, o rei da França.

Após conspirações, fantasmas, forças das trevas e forças do coração, concluí que meu reinado não seria nada fácil. Mesmo assim, preciso lutar enquanto meu reinado durar.

Este texto foi baseado na série Reign.


sexta-feira, 21 de março de 2014

Um olhar extraterrestre sobre esta galáxia

Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

Às vezes me pego pensando no que um extraterrestre pensaria se ele visse a vida aqui na Terra. Será que ele julgaria as atitudes dos seres humanos como corretas? Nasce daqui uma questão a ser discutida.
Se eu fosse ele, não cobiçaria tanto a vida neste planeta, pois é um lugar onde as pessoas não se importam umas com as outras, onde há violência e desigualdade. Onde o que importa de verdade é o dinheiro no bolso.

Gostaria de ir para o seu planeta, senhor marciano, porque lá sim há esperança de um mundo melhor, de seres melhores.

Hoje, olhando para o céu, posso ver que somos tão pequenos em relação a tudo" Porém, se repensarmos nossas atitudes, nos faremos grandes, grandes seres para amar e serem amados, para sorrir e receber sorriso, para compreender e serem compreendidos. E assim, quem sabe seremos dignos de ter um extraterrestre batendo a nossa porta?

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Um beijo de boas vindas

 Por Andreza Cristina Siqueira Coelho – 3.2

...5...4...3...2...
Já é quase meia-noite, os sinos tocam como a intensidade das batidas do meu coração, sonhos e promessas já começam a ser feitos. E eu vendo tudo aquilo pela janela, imagino como será o próximo ano de minha vida. Vejo pessoas de todos os cantos, do mundo todo, cada um com sua forma de celebrar; alguns pulam sete ondas, outros usam branco, poucos comem lentilhas, e outros, não comem nada! Mas, todos esperando uma nova etapa, a oportunidade de um recomeço.

Chamo-me Estela e neste ano completo 30 anos de vida. Acordo cedo todos os dias, tenho uma vida normal, apenas cuido de duas crianças três vezes por semana na casa da minha vizinha. Porém, quando era mais jovem, ou melhor, quando estava na flor da idade, meu sonho não era este. Gostaria de fazer a diferença, sempre gostei de crianças, mas queria ajudá-las, trabalhando numa maternidade, por exemplo.

Hoje vejo a quantidade de coisas planejadas para a minha vida que não se concretizaram pelo simples fato de não saber aproveitar meu tempo e de deixar as oportunidades passarem despercebidas.

Portanto, concluo que o tempo passa rápido demais e daria tudo para voltar ao início e recomeçar, pois, sei que o que me resta agora é ver os anos se passando por minha janela.